Estamos iniciando o mês de junho; o ano é 2021. E aquilo que era para ser uma "gripezinha" vai se arrastando por um ano e meio. E nós, brasileiros, estamos para contar meio milhão de mortes. Já chegou a vacina, isto é certo. Aos poucos seremos imunizados, se não formos acometidos pelo vírus antes. Porque ninguém está escape desta má-sorte.
O mundo está vivendo uma experiência desastrosa. O momento atual serve para nos mostrar o quanto estamos despreparados, apesar dos avanços tecnológicos, para lidar com situações como uma pandemia viral. A julgar pela quantidade de pessoas que já foram contaminadas mundo afora, num curto espaço de tempo, e pelo número expressivo de vidas que se perderam, me pergunto se as outras pandemias que já acometeram a humanidade não legaram nenhuma experiência à ciência médica. Apesar de que, minha reflexão é vazia, dado que sou totalmente leigo no assunto. E aqui, louvo a rapidez como se deu a chegada das vacinas.
Os paises ricos caminham para a normalidade. Logo, logo toda esta onda vai se tornar história; as suas populações estarão vacinadas e a locomotiva do Capitalismo voltará ao seu trilho. As pessoas anseam por isso. O isolamento social deixa sequelas. As reuniões de família; os abraços e beijos; os encontros amigaveis; as viagens de férias; os trabalhos, regulares ou autônomos... Tudo isto, parado de repente, foi um tiro no coração da economia. É preciso, sim, que essa máquina volte a se movimentar e se aqueça.
Pergunto-me, porém, se os tais paises ricos, ajudarão na imunização das populações dos paises pobres. Talvez este também seja um questionamento raso. Mas, não é de hoje que o mundo sente fome ao mesmo tempo em que esbanja toneladas de alimentos.
Aqui no Brasil, diante de um festival de Fake News, vemos os hopitais superlotados. Neste cenário, os atores do poder se preocupam com a disputa eleitoral, que ainda está longe. Enquanto isso, vemos amigos e entes familiares perderem a luta para o vírus; não há quem não tenha perdido uma pessoa próxima.