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MENINO SEM LAR

Garoto travesso, que vives na rua,
Sozinho vagando, sem pátria e sem lar...
Menino moleque, que andas na tua,
Num mundo rebelde que quis te aceitar!

Criança que dormes nas ruas da vida,
Jogada ao conforto de um papelão...
Teu corpo padece na friagem combalida,
Enquanto repousas nos braços do chão!

Tu fazes de manta um mero jornal,
Que pouco te abriga do frio infernal!...
Falta-te agasalho, afeto e calor...
Garoto travesso, na realidade,
Neste mundo bruto e covarde,
O que mais te falta é um pouco de amor!

Teu mundo é tão grande, criança sem lar,
Mas não tens família, tu vives a sonhar!...
A Sina te quis num mundo cruel...
Morada vazia da tua ilusão.
E mora sozinho... (que solidão!)
Essa tua casa tem por teto  o Céu!

Aos cantos jogado, esquecido da vida,
Menino travesso, carente de amor,
Soluças sozinho, tuas horas de dor.
Menino moleque, nem medo tu tens!...
Mas temes o destino vindouro da lida;
As tuas fadigas, tuas horas a vagar...
Teus dias carentes por falta de amar...
Esse medo escondido teus olhos contêm!

Criança mulata, branca ou morena,
Escura e serena, que o mundo amparou!
Teus olhos miúdos - pálpebras pequenas -
Procuram a migalha que te sobrou...

Tu vives num mundo cercado de gente;
Mas mundo vazio, sem paz e sem pão.
Pois só te olham, menino carente,
Querendo dizer-te que és o vilão!

Garoto carente, de pátria e de lar,
Que embaixo das pontes precisas morar...
Passeias sem rumo, nas ruas do povo;
Nos bancos das praças tu sentas a chorar...
Por falta de alguém que te dê conforto,
Tu pagas teu preço, menino sem lar!

Isaías Ramalho da Silva
Enviado por Isaías Ramalho da Silva em 11/06/2021
Alterado em 10/10/2023
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